18 de Janeiro de 2022:
Phil Spencer (CEO da Microsoft Gaming) declara em seu
Twitter esta data como
momento histórico para a comunidade gamer: a
união da Activision/Blizzard ao time X-BOX. Pela quantia de
US$ 68 bilhões, o acordo comercial entre as duas gigantes
foi acertado entre seus dirigentes, bastando agora o andamento das demais etapas comerciais e jurídicas envolvidas na aquisição.
Com a finalização da compra, todas as equipes atualmente envolvidas com os
aclamados títulos da Activision, Blizzard e King Digital Entertainment estarão sob a disposição da Microsoft Gaming, e os
direitos das respectivas propriedades intelectuais serão reservados à Microsoft.
Segundo detalhes divulgados no informativo X-BOX Wire,
enquanto o contrato de aquisição não é fechado, as companhias permanecem independentes em suas atividades.
O ANÚNCIO DE PHIL SPENCER:
Phil Spencer citou brevemente
palavras que reforçam o compromisso da Microsoft em respeitar jogadores e produtoras, em especial, o exercício do
tratamento digno com todos os times de produção e seus líderes. A citação foi colocada, certamente, diante os
escândalos envolvendo
discriminação e assédio sexual ocorridos no
ambiente de trabalho da Activison/Blizzard, o que consequentemente fez
ações judiciais por parte do estado da Califórnia serem movidas contra a companhia.
Robert Kotick permanece no cargo de dirigente máximo da Activision/Blizzard por tempo indeterminado, e não foram feitas menções sobre o assunto até o momento.
AQUISIÇÃO DA BETHESDA:
A atual compra da Activision/Blizzard e suas propriedades intelectuais
remete à mesma atividade comercial adotada pela Microsoft com a aquisição da ZeniMax Media em 2020, empresa controladora da
Bethesda Softworks. O valor da transação foi fechado em
US$ 7 bilhões, quantia considerada como histórica até então (e
surpreendemente, quase 10 vezes abaixo em comparação ao valor estimado pela compra da Activision/Blizzard).
SÉRIES DO GRUPO ACTIVISION/BLIZZARD:
As séries
Call of Duty,
Overwatch,
Diablo,
Warcraft,
Heartstone,
Crash Bandicoot,
Spyro,
Candy Crush, entre outras, serão produzidas sob direção da Microsoft Gaming, e seus jogos certamente estarão disponíveis nos serviços
X-Cloud e
X-BOX Game Pass. O suporte técnico aos jogos lançados em outros consoles antes do acordo será mantido, ou seja,
jogos já hospedados na plataforma da concorrente Sony permanecerão ativos em prol dos jogadores, segundo o próprio Phil Spencer.
Por enquanto, os jogos da Activision/Blizzard estão disponíveis em suas plataformas de venda atuais, especialmente, na
Battle.net.
FONTE:
X-BOX Wire em Português
LOJA OFICIAL:
battle.net
Opinião:
A Activision/Blizzard teve sua reputação seriamente manchada com as graves denúncias de assédio e toxicidade ocorridas em seus departamentos, atitudes estas repudiantes e que merecem receber justiça. A produção de seus jogos sofre fortemente com o aumento desses casos, até então fora dos holofotes. A situação atual é delicada, e com a futura aquisição do grupo pela Microsoft, a questão parece ter sido "abraçada" por Phil Spencer e sua equipe. Na perspectiva dos funcionários e produtores, cabe o tempo responder se a dignidade e respeito mencionadas pelo CEO da Microsoft Gaming tomarão ou não lugar do estado delicado em que se encontra atualmente a Activision/Blizzard. A primeira questão que me fiz foi: será que a Microsoft desenbolsou essa quantia gigantesca de dinheiro para impedir um possível colapso iminente da Activision/Blizzard? A situação interna da empresa está mesmo em profunda gravidade, ao passo de se tornar irreversível?
Na outra ponta, o público foi se decepcionando cada vez mais. O cancelamento da Blizzcom 2022 levanta mais indícios da situação interna, visto o formato online ter sido o planejado para conter eventos presenciais diante a COVID-19, eliminando a desculpa de que a pandemia mais prejudicou. Por fim, a edição 2021 do The Game Awards não contou com a participação da Activision/Blizzard, ausência esta imposta pela pressão da imprensa em cima de Geoff Keighley e dos organizadores do evento.
Diante este histórico, mudá-lo completamente será o mínimo que se espera da Microsoft, e pelo tamanho de sua aposta, a nova dona da "bucha" entende ser perfeitamente capaz de juntar os cacos quebrados, afinal, o conjunto traz World of Warcraft, Diablo, Candy Crush, Call of Duty...
Praticamente, os gigantes do ocidente têm seus empenhos controlados diretamente pela Microsoft: Bethesda, Activision/Blizzard. Se existir possibilidade de aquisição em um futuro próximo, quem sabe a Take-Two Interactive, talvez.
A Microsoft, exercendo o plano de levar a assinatura mensal X-BOX Game Pass, tem feito 25 milhões de assinantes do serviço, e a tendência que se aproxima é extinguir os consoles e jogos em mídia física. Com a iminente aquisição, a Microsoft tem o controle do ponteiro para onde está direcionado o futuro dos games. Se isso é bom ou não, o tempo também responderá. Por enquanto, todos estão aproveitando os irresistíveis benefícios do plano mensal.