- Rafael de Oliveira
- 16 de Junho de 2023
A espera acabou! Street Fighter 6, novo título da principal série de jogos de luta da Capcom e tradicional expoente do gênero desde o lendário Street Fighter II surgiu para o mercado mundial através das plataformas Sony(Playstation 4 e 5), Microsoft (X-BOX Series S|X) e PC (Steam) desde 02 de Junho de 2023! Com uma proposta mais abrangente e que venha a contemplar tanto jogadores iniciantes quanto veteranos no mundo de Street Fighter, as equipes dirigidas por Takayuki Nakayama e Shuhei Matsumoto se empenharam em três módulos distintos neste sexto título da série: o World Tour, o Battle Hub e o Fighting Ground, e todos oferecem uma quantidade considerável de conteúdos originais e complementantes entre eles!
O primeiro impacto pós-lançamento é grandioso: 1 milhão de jogadores cadastrados, sendo em torno de 700 mil usuários online mensurados pela Steam durante o primeiro fim de semana do jogo. Ao adicionar à soma todos os jogos da série, Street Fighter alcançou a marca de 50 milhões de cópias vendidas. Os agradecimentos foram publicados nas redes sociais da Capcom. Confira o tweet abaixo:
Over 1 million players have hit the streets in #StreetFighter6!
— Street Fighter (@StreetFighter) 5 de junho de 2023
Thank you to all the World Warriors out there. To celebrate, we have sent a gift, which you can claim in-game! pic.twitter.com/TApOxcKcKM
Primeiramente, confira abaixo o trailer de lançamento de Street Fighter 6 destinado à veiculação mainstream:
Confira abaixo o trailer de divulgação do traje secundário em Street Fighter 6:
BUCKLER'S BOOTCAMP:
https://streetfighter.com/6/buckler/pt-br
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO JOGO COMPLETO:
HISTÓRICO DE APRESENTAÇÕES OFICIAIS ANTES DO LANÇAMENTO:
CAPCOM CUP 2023:
A Capcom reservou um anúncio explosivo durante a conclusão da Capcom Cup IX ao revelar o valor total de US$ 2 milhões em premiação destinada à Capcom Cup 2023 estrelada pelo sexto título da série Street Fighter.
ELENCO INICIAL e SEASON PASS 1:
O elenco base contém 18 lutadores. Confira abaixo a lista de personagens do elenco inicial e da primeira temporada de DLCs:
>>STREET FIGHTER II: RYU, KEN, CHUN LI, GUILE, DHALSIM, BLANKA, E.HONDA e ZANGIEF.
>>SUPER STREET FIGHTER II: DEE JAY e CAMMY.
>>SUPER STREET FIGHTER II TURBO: AKUMA.
>>SUPER STREET FIGHTER IV: JURI.
>>STREET FIGHTER V: LUKE, RASHID e ED.
>>STREET FIGHTER 6: JAMIE, KIMBERLY, MARISA, MANON, J.P., LILY e A.K.I.
PLATAFORMAS e EDIÇÕES À VENDA:
Street Fighter 6 está disponível nas lojas digitais Microsoft Store, Playstation Store e Steam em três edições disponíveis: Standard, Deluxe e Ultimate.
A versão Deluxe oferece 4 personagens adicionais contidos no primeiro Character Pass.
A versão Ultimate contará, além do Character Pass, 2 estágios adicionais e cores extras para os trajes 2 e 3 dos 4 personagens adicionais.
https://www.streetfighter.com/6/en-us/
https://twitter.com/StreetFighter
OPINIÃO:
Eu vou usar esse espaço para me desculpar e trazer uma reflexão sobre os últimos dias de produção desta página. Desde já agradeço a você, querido leitor, e espero não ser impertinente. Citado isto, vamos ao que me sucedeu: fiz a compra da versão Ultimate de Street Fighter 6 pela Steam e também investi no HORI Fighting Commander Octa para X-BOX Series / PC, visando a experiência definitiva com o game. Já havia comprado os itens antes do Open Beta, porém o teste não fez menos do que reforçar minha preferência pela aquisição. Por mais ambíguo que seja, o lançamento de Street Fighter 6 em 02 de Junho não me proporcionou alegria, ao contrário: me trouxe uma leve depressão e sensação de vazio. Abri o executável poucos dias depois, ainda preso ao mau estado emocional. Não vou entrar profundamente no mérito das causas dessa repentina tristeza, mas vou mencionar o que me ocorreu. Claro que eu tenho pistas das causas, mas são mais vagas do que imaginei. Em primeiro lugar, não houve da minha parte arrependimento algum sobre a qualidade do jogo ou o valor investido (não disse tratar-se de um valor justo e acessível, porém não me senti prejudicado após a compra). Street Fighter 6 em geral é espetacular, ainda que apresente algumas decisões inconsistentes ao meu ver. Após fazer uma introspecção durante estes dias após o lançamento do meu game de luta preferido, pude ao menos riscar da lista um item: definitivamente, não foi o jogo a contribuir para minha baixa autoestima e reclusão. Eu simplesmente fiquei perdido e me vi acuado e insignificante diante a imensidão de pessoas a contribuírem com a criação de conteúdos envolvendo o game, e a comparação, embora injusta e irreal em muitos aspectos, foi inevitável. Infelizmente, eu caí na autossabotagem, e mesmo tendo muito o que compartilhar sobre minha feliz experiência com Street Fighter 6, senti pesar, talvez pressão interna por perfeição. Eu já tive desânimos nestes oito anos de internet e pouquíssimos acessos (no total, são 3200 cliques em todos esses anos, algo ínfimo). O site chegou a ter um buraco entre 2018 e 2020 (passei por uma fase difícil na minha vida particular e fui forçado a focar em outras coisas), e por alguns meses desse período, o Dojo chegou a ficar offline. Procuro não comparar o trabalho deste Dojo com os demais criadores de conteúdo, pois há diversos muito bons, e o crescimento deste espaço é fechado apenas em parâmetros dele com ele mesmo, e apresentam evolução satisfatória. Me orgulho do que produzi durante estes anos, sem esquecer de corrigir os erros sempre que o possível. Eu também procuro não me espelhar em outros trabalhos para favorecer a liberdade de acertar e errar em minha própria forma (é impossível não se espelhar em nada, sempre temos influências, porém procuro me abster o máximo de inspirações em outros formatos). Quanto mais penso no que me entristeceu, mais concluo ser a falta de capacidade em entregar um conteúdo mais rápido, dinâmico, e que venha a alcançar mais pessoas. Uma frase bateu como uma estaca em meu ser: "sem público, você não é ninguém", e de fato, não sou ninguém. O Dojo agrada meus pais, minha esposa, meu melhor amigo, e por sorte (a qual não mereço ter e que muito me felicita), alguns visitantes. Mas há um contraponto: estou disposto a mudar o formato, ser mais engajado nas métricas e empenhado estrategicamente na publicidade do espaço? Não. Não consigo. Certamente, eu não tenho condições de conduzir o Dojo ao mainstream, e não tenho meios para me dedicar profissionalmente à ele: serei sempre humilde, distante, atrasado, mas não menos sincero e dedicado. Me perdoe pelos atrasos e falta de profissionalismo, querido leitor, porém saiba: tudo o que eu, Rafael de Oliveira, entrego neste espaço é feito integralmente com dedicação, amor, esmero e definição. Momentos ruins sobrevém à todos, e não quero expor eles como escudo para proteger minha falta de capacidade. Quero me desculpar com você querido leitor, e mais difícil, perdoar a mim mesmo por estar perdido. Nestes anos, nunca entreguei conteúdo sem me entregar primeiro, e que Deus me ajude a nunca entregar algo por má vontade ou mal feito.
Passadas as palavras acima, vamos aos meus comentários da matéria propriamente dita: Street Fighter 6 é maravilhoso como Fighting Game, exótico como um Adventure, e rico em conteúdo como um todo. Na proposta de agradar à todos, diluir estilos diferentes ao tradicional pode desagradar veteranos, mas nesse prisma, é um mal necessário para elevar o título ao topo de vendas. No momento, tenho dedicado maior parte do tempo de jogo ao modo Fighting Ground e seus conteúdos offline. Pude avançar no modo World Tour também, e apesar de um início mais preso à demora em introduções, encontrar-se com os lutadores lendários fazem a jogatina valer muito a pena. Em meu progresso parcial no modo, o último mestre encontrado foi Ryu, e particularmente, considero o momento o mais marcante do jogo! A Capcom apostou tudo na imersão do jogador ao universo de Street Fighter, e esse sentimento é traduzido ao ver seu avatar interagir com os lutadores icônicos da série. Particularmente, ver meu avatar de jogo criado à minha feição física em uma cutscene com Ryu supervisionando um Kata foi empolgante! Confesso que, inicialmente, não sou adepto à imersão proposta ao jogo, e esperava um modo história mais sério e melhor otimizado tecnicamente, e essa lacuna poderia ser coberta pela história contada no Arcade do modo Fighting Ground, mas que recebeu infelizmente pouco polimento nesse aspecto. Sou um jogador de Street Fighter II e III, e vou sentir falta das animações soberbas e história mais sólida e livre de tantas paródias (apesar de que estereótipos são o DNA usado para a criação dos personagens, e o que os torna tão icônicos). Para o meu gosto, teria preferência por um novo Final Fight, com um enredo mais fechado (tal como God of War) e personagens melhor polidos (a sensação de estar em um universo repleto de personagens genéricos me incomoda). Mas, a proposta dos modos World Tour e Battle Hub se baseiam na imersão, e a Capcom fez um excelente trabalho em cima desse objetivo. É bastante atraente construir um personagem mesclado a todos os estilos de luta e golpes especiais contidos no jogo, praticamente um sonho ainda nos anos 90. Em suma, não fico feliz com certas decisões mas entendo os privilégios obtidos com outras, e a diversão, quando se mergulha nos conceitos que a promovem, acontece de uma forma ou de outra.
A conceituada e tradicional revista japonesa de games Famitsu avaliou Street Fighter 6 como perfeito, elencando-o lado de colossos como The Legend of Zelda: Ocarina of Time, por exemplo. É leviano tomar avaliações definitivas da qualidade de Street Fighter 6 sem cobrir o conteúdo suficiente em horas de jogo oferecido por ele, exigência mínima para uma avaliação justa, porém me adianto seguramente que Street Fighter 6, apesar de ser um forte candidato a melhor Fighting Game do ano, não será o Game of the Year. A disputa direta com The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e Starfield é muito forte e o afasta do topo naturalmente. Acredito que, se o modo World Tour fosse melhor otimizado e mais polido graficamente, as chances poderiam estar mais próximas. Os gráficos nesse modo de jogo são bonitos, mas aparentemente, não expressam plenamente o salto expressivo tão necessário à atual geração gráfica (se formos analisar a amplitude de jogos, nenhum deles obteve a excelência gráfica à exemplificar o futuro). Premiações da grande mídia podem coincidir ou não coincidir com a opinião de jogadores reais, mas está bastante claro o quanto a Capcom tem acertado, e para ambos os mundos!
A força que Street Fighter 6 demonstrou foi imensa, especialmente quando entendemos de onde a série estava estacionada onde ele se alçou, à ponto de estourar a bolha do próprio gênero e adentrar ao gosto geral. Ainda assim, a maior riqueza de Street Fighter 6, enfatizo, é sua tradicional jogabilidade, além de cobrir todos os erros redimidos do título anterior, especialmente os modos online. No meu coração, este novo Street Fighter é o melhor de todos os jogos da série e particularmente o meu Game of the Year (paguei 400 reais absurdos por ele, mais 350 reais absurdos por um fightpad).
Os surpreendentes números o elevam a patamares nunca antes alcançados, e isso é motivo de se comemorar muito. 2023 é o ano dos Fighting Games! E mesmo que eu entenda não merecer a nota máxima em avaliações mais criteriosas, sinto que Street Fighter 6 merece alcançar o topo por méritos mais distintos e subjetivos! A comunidade está unida em torno do jogo como nunca antes: jogadores profissionais de Tekken e Mortal Kombat estão subindo fileiras e apresentam ótimas partidas ao público. Isso é um feito e tanto!